Investir em CDBs pode ser uma alternativa interessante no longo prazo por causa dos juros compostos que influenciam nos resultados dos investimentos.
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) estão entre as aplicações de renda fixa mais indicadas para se investir no longo prazo. Isso se dá devido ao poder dos juros compostos, que fazem com que quanto mais tempo o dinheiro fique investido, mais ele renda.
Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre investir em CDB: o que são, como funcionam, qual é a diferença entre taxas prefixadas, pós-fixadas e híbridas, além de como escolher a melhor opção dependendo do cenário econômico.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
Como funciona o investimento em CDB de longo prazo?
CDBs são títulos de renda fixa emitidos por bancos para captar recursos e financiar suas operações. Na prática, ao investir em um CDB, o investidor empresta dinheiro à instituição emissora e, em contrapartida, recebe o valor investido acrescido de uma taxa de juros previamente combinada.
Assim, no momento do aporte, pode já se saber qual é a base da remuneração. Dessa forma, o investidor consegue fazer um planejamento financeiro mais realista e estimar o retorno da aplicação.
Os CDBs são muito flexíveis quanto ao prazo: há opções para investimentos no curto, no médio e no longo prazo. Logo, é possível escolher um que se adeque aos objetivos do investimento, como uma viagem, a compra de um carro ou o planejamento da aposentadoria.
Para o longo prazo, os CDBs ganham destaque graças aos juros compostos. Isso significa que, em vez de o investidor retirar os juros periodicamente, os juros são aplicados sobre o valor total do investimento (principal + juros acumulados).
Essa característica faz com que o valor investido cresça de forma exponencial ao longo do tempo, já que, a cada período, os juros geram mais juros. Quanto mais tempo o dinheiro fica investido, mais tempo ele tem para se multiplicar, uma vez que o valor sobre o qual os juros incidem vai aumentando com o passar dos anos.
Por exemplo, se o mesmo investimento fosse mantido por dez anos, o saldo final seria muito maior do que se o mesmo valor fosse retirado a cada ano. O tempo faz com que os juros se acumulem de forma exponencial.
Exemplo prático: como os juros compostos funcionam nos CDBs
Se o investidor aplicar R$ 10.000 em um CDB de longo prazo com uma taxa de 10% ao ano e se os juros forem compostos anualmente, o valor do investimento no final de cada ano seria:
No 1º ano: R$ 10.000 × 10% = R$ 1.000 de juros. O saldo será R$ 11.000.
No 2º ano: R$ 11.000 × 10% = R$ 1.100 de juros. O saldo será R$ 12.100.
No 3º ano: R$ 12.100 × 10% = R$ 1.210 de juros. O saldo será R$ 13.310.
Além disso, é preciso considerar que os CDBs de longo prazo, muitas vezes, oferecem taxas de juros superiores a outras opções de investimento, como a poupança. Por isso, deixar o dinheiro investido por um longo período pode ser bastante vantajoso para os investidores, principalmente se a taxa de juros oferecida for atraente.
Tipos de CDBs
Os CDBs se distinguem entre si conforme o tipo de remuneração, que pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida.
CDB prefixado
Ao investir em um CDB prefixado, o investidor conhece a rentabilidade na hora da compra do título. Desse modo, é possível saber quanto exatamente se receberá no vencimento.
Esse é um tipo de aplicação muito vantajosa em cenários em que a taxa de juros brasileira, a Selic, está alta e há a expectativa de que diminua ao longo do tempo. Também é uma opção interessante para quem procura mais previsibilidade no retorno do investimento.
CDB pós-fixado
No CDB pós-fixado, o foco está na variação dos juros. Isso porque, nele, a rentabilidade acompanha algum indicador de mercado. O mais comum é o CDI, que costuma caminhar junto com a Selic. Assim, se o indicador subir, a rentabilidade do CDB aumenta. Já se cair, a rentabilidade do título diminui.
CDB híbrido
Por fim, o CDB híbrido é uma alternativa interessante para proteger o capital da inflação. Isso porque ele combina uma taxa de juros prefixada com uma pós-fixada, geralmente atrelada à inflação. Essa é uma modalidade que oferece uma proteção extra contra a perda do poder de compra ao longo do tempo.
Como vimos, graças aos juros compostos, investir em CDBs de longo prazo é uma excelente estratégia para quem busca construir patrimônio de forma sólida e gradual. Porém, é importante adequar o investimento ao seu perfil e aos objetivos financeiros a serem alcançados.